quinta-feira, 21 de maio de 2009

As desigualdades salariais entre homens e mulheres


* Apesar da importância e da participação crescente da mulher na vida do País, o certo é que persistem desigualdades entre homens e mulheres, e que o peso de algumas tende até a aumentar. Neste estudo chama-se a atenção para duas dessas desigualdades que se têm mantido invisíveis mas que, se não forem denunciadas e tomadas medidas adequadas para as contrariar, tenderão com o tempo a ganhar maior peso em Portugal.

* As mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho, acumularam mais anos de estudos e ainda assim recebem uma remuneração média cerca de 30% menor do que os homens. Explicação para a remuneração em média 30% inferior a dos homens decorre das características de inserção das mulheres no mercado de trabalho. Elas costumam concentrar sua actuação no sector de serviços e em ocupações pouco qualificadas e de baixa remuneração. A trajectória profissional das mulheres também costuma ser marcada pela menor ocupação de cargos de comando ou chefia.

* E não é por falta de estudo que elas ainda ganham menos. Em 2003, a Síntese dos Indicadores Sociais revela que elas estudam em média 7 anos. Os homens estudam 6,8 anos. Os homens permanecem menos tempo na escola em razão da entrada mais precoce no mercado de trabalho. Além disso, as transformações socioeconómicas decorrentes da entrada da mulher no mercado de trabalho e a maior contribuição para a provisão da renda familiar fizeram com que as mulheres aumentassem a busca por um grau de escolaridade maior.

* As mulheres empregadas estudam em média cerca de um ano a mais do que os homens. Entre as ocupadas, a média chega a 8,4 anos e supera o número mínimo necessário para a conclusão do ensino fundamental.

Cerca de 55% das mulheres no mercado de trabalho apresentavam pelo menos o ensino fundamental. Entre os homens, o percentual é de 45%.

* Apesar da remuneração menor, cada vez mais mulheres estão procurando trabalho. Em 2003, a taxa de desemprego subiu para 9,7% pressionada pelo aumento do número de mulheres em busca de trabalho. Entre elas, o desemprego ficou em 12,3%. Entre eles, a taxa foi de apenas 7,8%.


Fontes:
http://resistir.info/e_rosa/dia_da_mulher_08mar08.html

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u93713.shtml

Trabalho elaborado por : Bárbara Pereira Ferreira nº:4 10ºD

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