O salário pago a homens é em média 10% maior que o de mulheres nas chamadas "profissões femininas", como enfermagem e ensino, segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
No Dia Internacional da Mulher, a organização com sede em Genebra, na Suíça, chamou atenção para a grande desigualdade entre géneros que ainda persiste nas oportunidades de trabalho, e alertou para o que chamou de "feminização da pobreza".
Como resultado, afirmou a OIT, as mulheres constituem 60% da categoria dos "trabalhadores pobres", os que, mesmo empregados, continuam a ganhar menos de US$ 1 por dia.
A taxa de desemprego registada entre as mulheres continua maior que a dos homens em 2006: 6,6%, contra 6,1%.
Alem disso, cerca de metade das mulheres em idade activa (acima dos 15 anos) estão desempregadas, enquanto mais de 70% dos homens têm empregos, estimou a entidade.
Em algumas regiões do mundo, essa disparidade é ainda mais acentuada. No Médio Oriente e Norte de África, por exemplo, apenas duas em cada dez mulheres trabalham, comparada com uma taxa de sete em cada dez homens.
Sem reconhecimento
O relatório mostrou que a marginalização da mulher no mercado de trabalho começa na qualificação: de cada dez alunos que abandonam a escola, seis são mulheres, estimou a OIT.
"Impedir que raparigas terminem mesmo o ciclo de educação básica diminui suas chances de determinar o seu próprio futuro", diz o documento.
Especialmente em regiões mais pobres, a presença de mulheres no mercado de trabalho continua restrita principalmente a actividades não remuneradas, como no caso de mulheres que trabalham na agricultura ou em negócios familiares.
Este é o caso de 60% de trabalhadoras no sul da Ásia e de 40% de trabalhadoras na África subsaariana, indicou o relatório.
Por outro lado, cerca de 90% das mulheres nos países desenvolvidos são renumeradas. Na América Latina, esta taxa é de 67%.
"A transição de trabalhadora familiar não-remunerada, ou de trabalhadora mal-remunerada por conta própria, para remunerada é um grande passo para a liberdade e a auto-determinação de muitas mulheres", disse a OIT.
Avanços
Ainda assim, o relatório Tendências Globais de Emprego para Mulheres vê alguns avanços na condição das trabalhadoras no mundo.
Segundo a OIT, em números absolutos, nunca houve tantas mulheres com emprego.
Em 2006, elas correspondiam a cerca de 1,2 bilhão dos aproximadamente 2,9 bilhões de trabalhadores empregados no mundo - em 1996, elas somavam cerca de 985 milhões.
Porém, a OIT diz que, nos últimos dez anos, a percentagem de participação das mulheres na força de trabalho mundial (a parcela de mulheres economicamente activas que trabalham ou estão procurando emprego) caiu de 53% para 52,4%.
No Dia Internacional da Mulher, a organização com sede em Genebra, na Suíça, chamou atenção para a grande desigualdade entre géneros que ainda persiste nas oportunidades de trabalho, e alertou para o que chamou de "feminização da pobreza".
Como resultado, afirmou a OIT, as mulheres constituem 60% da categoria dos "trabalhadores pobres", os que, mesmo empregados, continuam a ganhar menos de US$ 1 por dia.
A taxa de desemprego registada entre as mulheres continua maior que a dos homens em 2006: 6,6%, contra 6,1%.
Alem disso, cerca de metade das mulheres em idade activa (acima dos 15 anos) estão desempregadas, enquanto mais de 70% dos homens têm empregos, estimou a entidade.
Em algumas regiões do mundo, essa disparidade é ainda mais acentuada. No Médio Oriente e Norte de África, por exemplo, apenas duas em cada dez mulheres trabalham, comparada com uma taxa de sete em cada dez homens.
Sem reconhecimento
O relatório mostrou que a marginalização da mulher no mercado de trabalho começa na qualificação: de cada dez alunos que abandonam a escola, seis são mulheres, estimou a OIT.
"Impedir que raparigas terminem mesmo o ciclo de educação básica diminui suas chances de determinar o seu próprio futuro", diz o documento.
Especialmente em regiões mais pobres, a presença de mulheres no mercado de trabalho continua restrita principalmente a actividades não remuneradas, como no caso de mulheres que trabalham na agricultura ou em negócios familiares.
Este é o caso de 60% de trabalhadoras no sul da Ásia e de 40% de trabalhadoras na África subsaariana, indicou o relatório.
Por outro lado, cerca de 90% das mulheres nos países desenvolvidos são renumeradas. Na América Latina, esta taxa é de 67%.
"A transição de trabalhadora familiar não-remunerada, ou de trabalhadora mal-remunerada por conta própria, para remunerada é um grande passo para a liberdade e a auto-determinação de muitas mulheres", disse a OIT.
Avanços
Ainda assim, o relatório Tendências Globais de Emprego para Mulheres vê alguns avanços na condição das trabalhadoras no mundo.
Segundo a OIT, em números absolutos, nunca houve tantas mulheres com emprego.
Em 2006, elas correspondiam a cerca de 1,2 bilhão dos aproximadamente 2,9 bilhões de trabalhadores empregados no mundo - em 1996, elas somavam cerca de 985 milhões.
Porém, a OIT diz que, nos últimos dez anos, a percentagem de participação das mulheres na força de trabalho mundial (a parcela de mulheres economicamente activas que trabalham ou estão procurando emprego) caiu de 53% para 52,4%.
Trabalho realizado por: Mauro Batista nº 18
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/03/070307_mulheres_oitrg.shtml
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/03/070307_mulheres_oitrg.shtml
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